18/08/2013

Sorria, doce Capitu!



 Capitu! Oh, doce Capitu! Entendo-te! Também amei e perdi, desejei como desejastes... Também vivi algo que fez as palavras se confundirem com os pensamentos e lembranças, que deixa o coração duvidoso e nos remete à noites sem sono, que nem mesmo a ópera mais bonita é capaz de cantar com tanta ternura a qual realmente se viveu.
 Sim, minha querida Capitu, entendo a sensação mista de ansiedade e paz, os "gratos arrepios" que percorreram teu corpo. As lembranças são boas não é? Sim, nos alegram. Aquele momento em que as mãos se encontram, declarando, finalmente, o que estava guardado no coração. Ah... linguagem das mãos e dos olhos, que somos incapazes de descrever, senão por eles mesmos! Mas ele não foi capaz de te entender, não a conhecia e talvez não soubesse o que se passava, de verdade, em seu coração... Foi tão frio, leviano... Como pode?
 "A vida é uma ópera", ele também dizia. Talvez possa ter um pouco de razão. Tão cheia de altos e baixos, uma hora cheia de ternura e doçura, acalma a alma; e de repente, nos retorna aos olhos de ressaca. Sensações que se fazem sentir apenas no espírito, porém, quando se tornam realidade, tornam-se devastadoras. Mas aprendemos com elas... Ainda bem! Acho que apesar do tempo, as histórias se repetem. E que a felicidade nos seja concedida, por tudo o que se viveu, merecemos. Então... Sorria, doce Capitu!


1 comentários:

  1. Adorei o post e o blog, já estou seguindo!

    Abraços, Isabela.

    www.universodosleitores.com

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