daqui |
Todas aquelas garotas encontravam a felicidade
depois da meia-noite e de uma garrafa de vodca. Ela, depois de uma tarde imersa
a livros e a uns quinze copos de café. Todas aquelas garotas pareciam seguir um
padrão: cabelos escovados, corpo sarado, bochechas artificialmente rosadas. Ela
conservava suas naturais ondulações, tanto capilares quanto corporais. A pele
dela não era perfeita e seu peso também não. Ela não era perfeita! E não fazia
questão de aparentar ser.
Seu sonho não era ter o celular da moda e as
roupas mais caras.
Ela não gostava de verão, não gostava de suar,
nem de areia. Amava o inverno! E amava a noite, porque era apaixonada pelas
estrelas. Gostava de admirá-las.
Ela nunca se deu bem com o inglês e não achava
o francês o idioma mais lindo. Segundo ela, o espanhol já ocupava esse lugar. Seu
sonho era mexicano, e este a conduzia.
Para ela aquelas garotas eram todas iguais, e
isto de fato a cansava. Enquanto elas se exibiam numa falsa riqueza, beleza,
amizades e amores, ela, aos poucos, ia buscando o que lhe fazia feliz. E quando
encontrou, por lá ficou! Longe dos outros, longe de todos que só viviam de
aparência.
Ela... Bom, ela se descobriu (longe da
hipocrisia padrão). É claro que ainda tem muita estrada a percorrer, mas ela
acredita que pode!
E cotidianamente ela fazia seu sonho virar
realidade...
Gostei do texto, e da garota do texto, embora eu tenha buscado a felicidade depois da meia noite e em um (ou seriam vários?) copos de vodca. Seguindo o blog, gostei.
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