01/08/2013

Despadronizada

daqui

 Todas aquelas garotas encontravam a felicidade depois da meia-noite e de uma garrafa de vodca. Ela, depois de uma tarde imersa a livros e a uns quinze copos de café. Todas aquelas garotas pareciam seguir um padrão: cabelos escovados, corpo sarado, bochechas artificialmente rosadas. Ela conservava suas naturais ondulações, tanto capilares quanto corporais. A pele dela não era perfeita e seu peso também não. Ela não era perfeita! E não fazia questão de aparentar ser.
 Seu sonho não era ter o celular da moda e as roupas mais caras.
 Ela não gostava de verão, não gostava de suar, nem de areia. Amava o inverno! E amava a noite, porque era apaixonada pelas estrelas. Gostava de admirá-las.
 Ela nunca se deu bem com o inglês e não achava o francês o idioma mais lindo. Segundo ela, o espanhol já ocupava esse lugar. Seu sonho era mexicano, e este a conduzia.
 Para ela aquelas garotas eram todas iguais, e isto de fato a cansava. Enquanto elas se exibiam numa falsa riqueza, beleza, amizades e amores, ela, aos poucos, ia buscando o que lhe fazia feliz. E quando encontrou, por lá ficou! Longe dos outros, longe de todos que só viviam de aparência.
  Ela... Bom, ela se descobriu (longe da hipocrisia padrão). É claro que ainda tem muita estrada a percorrer, mas ela acredita que pode!
 E cotidianamente ela fazia seu sonho virar realidade...



1 comentários:

  1. Gostei do texto, e da garota do texto, embora eu tenha buscado a felicidade depois da meia noite e em um (ou seriam vários?) copos de vodca. Seguindo o blog, gostei.
    http://sentirodrama.blogspot.com.br

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