09/09/2013

[Resenha]: Diálogos Impossíveis

I.S.B.N.: 9788539004133
Edição: 1 / 2012
Idioma: Português
Número de Paginas: 176
Editora: Objetiva

 O livro "Diálogos Impossíveis" é recheado de crônicas escritas pelo cronista brasileiro Luis Fernando Verissimo. Este é o primeiro livro do Verissimo que leio, e o segundo de crônicas - o primeiro foi "Adultos sem filtro" da também escritora brasileira Thalita Rebouças. As crônicas de Verissimo são marcadas pelo bom-humor e pela ironia (marca registrada do autor). O diferencial das crônicas expostas em "Diálogos Impossíveis" é a temática. As crônicas mais comuns são baseadas em situações cotidianas, já as crônicas deste último livro de Verissimo são diálogos imaginados pelo autor, que na vida real seriam impossíveis de acontecer, como por exemplo a discussão entre o Drácula e o Batman, ou o encontro das estátuas de Drummond, Mário Quintana e Fernando Pessoa e seus respectivos questionamentos e desabafos.


"– Uma estátua é um equivoco em bronze – diria o Mario Quintana, para começar a conversa.
– Do que nos adianta sermos eternos, mas imóveis? – diria Drummond.
Pessoa faria “sim” com a cabeça, se pudesse mexê-la. E acrescentaria:
– Pior é ser este corpo duro sentado num lugar duro. Eu trocaria a eternidade por uma almofada.
– Pior são as câimbras – diria Drummond.
– Pior são os passarinhos – diria Quintana.
– Fizeram estátuas justamente do que menos interessa em nós: nossos corpos mortais.
– Justamente do nosso exterior. Do que escondia a poesia.
– Do que muitas vezes atrapalhava a poesia."
(Trecho da crônica Estátuas, página 155) 


 Assumo que demorei um pouquinho para terminar minha leitura. Na metade do livro peguei "Faça seu pedido" para ler junto e terminei este último primeiro! Achei algumas das crônicas massantes e desinteressantes; acho que isso pode acontecer com qualquer livro de histórias independentes: umas serão mais outras menos legais. Em compensação houve crônicas que adorei! Dentre as minhas favoritas estão Natal branco, Perdedor, vencedor, A tática da bolsa, Estátuas, O tapa-olho, Finais (a minha preferida do livro inteiro!) e Sonhos.

"Sonhar é como ir ao cinema. Seus olhos se fechando são como as luzes do cinema se apagando, e seu sonho é como um filme projetado na tela." (Trecho da crônica Sonhos, página 139)




2 comentários:

  1. Isadora, sou fã do Veríssimo, mas já ouvi muita gente falando que o livro não ficou tão bom! Pelo que entendi, você também não gostou tanto, não é mesmo? Quero ler, mas não está entre as minhas prioridades...

    Abraços, Isabela.
    www.universodosleitores.com

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    Respostas
    1. Sim, Isabela! Por eu não ter gostado de algumas crônicas, o livro ficou meio massante pra mim.

      Beijos!

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