14/12/2013

Desencontros

 
daqui
 Não sei como começar a descrever essa nossa história. (espera um pouco. Que história?) Aquela que eu invento todas as noites antes de dormir, desde que te vi pela primeira vez, naquela tarde depois do curso, dentro daquele ônibus lotado! É, nem um pouco romântico. Não havia motivos para ser. Sei lá, acho que se eu nunca mais tivesse te visto na vida esse texto não existiria. Mas eu te vi. Meu amigo me falou seu nome, e eu descobri que você mora a menos de 1 km de mim, que pegamos o mesmo ônibus, no mesmo ponto de ônibus (na ida e na volta), que você malha naquela academia a 5 minutos da minha casa, que frequenta a mesma igreja do meu irmão e também aquela do início da rua onde moro, e por fim, que se matriculou no mesmo curso que eu estudava quando te "conheci" há 1 ano. Teoricamente, condições superfavoráveis para eu te ver 500 vezes ao dia. Mas na prática não é bem assim... E eu fico me perguntando COMO ISSO É POSSÍVEL. Não sei se essas coincidências são para eu ter certeza de que tudo (ou pelo menos algo) vai dar certo, ou se esses infinitos desencontros são sinais de que nada vai acontecer. Aliás, não tenho mais certeza de nada. Os questionamentos pairam à minha cabeça nessa madrugada de 1º de abril.
 Não pense que estou apaixonada, pois não estou! Apesar de num momento Sherlock Holmes ter descoberto onde você estuda, os locais que você frequenta e quem são seus melhores amigos, no fundo, eu não sei nada sobre você. Tudo que eu conheço em você são as aparências. E não posso - nem vou - me apaixonar por aparências - outra vez!

 Você é o carinha que mais da metade das meninas do bairro sonham em ter como namorado (e isso não foi difícil perceber). Alto, atlético, bonito, aparentemente estudioso, religioso e responsável. Canta e toca violão, e (pasmem!) gosta de escrever! Cara, você é perfeito demais para ser real! Você sabe não é? Quando a esmola é muita...


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