09/03/2014

[Resenha]: No Escuro


Edição: 
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 336

 Diferente de tudo o que eu já li, No Escuro é um livro aterrorizante.
 Dificilmente fujo das minhas tão queridas histórias de amor.  Não tenho o hábito de ler livros de suspense, terror ou drama. Mas o livro de Elizabeth Haynes conseguiu unir esses três elementos. 

 O livro tem uma grande quantidade de cenas de sexo (alguns detalhes das descrições achei totalmente desnecessários), ademais, as descrições detalhadas de crimes brutais e atos violentos me deram ânsia de vômito.

"Ele desceu com cuidado a inclinação íngreme até o fundo da vala, usando a pá como apoio, e então, sem hesitar, acertou-a com força no crânio, resvalando na primeira vez, mas depois, com um som abafado, rachou sua cabeça, e o osso quebrado penetrou a carne. Repetiu o golpe várias vezes, ofegante devido ao esforço, até esmagar seu rosto, transformando dentes, ossos e carne em uma massa horrenda." (página 13)


 No escuro conta a história de Catherine, uma jovem que adora viver, e tem como ideia de aproveitar a vida: sair todas as noites com suas melhores amigas, dançar, beber, e ficar com todos os caras que lhe der na telha, sem se preocupar com as consequências. Em uma dessas noites, enquanto entrava numa boate, Catherine conhece Lee, que trabalhara como segurança naquela noite. O homem alto, loiro e musculoso lhe chama a atenção.
 Os dois começam a viver uma relação amorosa, no entanto, selvagem e misteriosa. Em uma madrugada, Lee aparece no apartamento de Catherine totalmente machucado e sem querer explicar o motivo daquilo, com a justificativa de querer "protegê-la". A jovem, então, se dá conta de que além do emprego como segurança, algo mais sombrio envolvia o homem por quem estava apaixonada.
 Inicialmente Lee se demonstra um cara sedutor, carinhoso  e protetor. No entanto, como o tempo, o homem misterioso se torna altamente agressivo e dominador.

 O livro começa com o julgamento e condenação de Lee, descritos já na primeira página. A história se baseia em mostrar o que ele fez para ser condenado, como ele fez, e o como isso afetou a vida de Catherine.

 Após a prisão de Lee, Catherine muda de cidade e de nome, passando a se chamar Cathy. As mudanças vão muito além disso. Devido a tudo o que viveu com Lee, a jovem adquiriu TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), se tornando uma mulher relaxada, frágil e medrosa. Bastante diferente daquela mulher vaidosa, confiante e livre que era.

"Girei a maçaneta seis vezes, verificando se estava trancada. Um, dois, três, quatro, cinco, seis. Depois conferi o contorno da porta mais uma vez. E então a maçaneta, seis vezes. Um, dois, três, quatro, cinco, seis. E o contorno da porta de novo. E por fim a maçaneta, mais seis vezes. Senti o alívio que me toma quando consigo fazer isso direito." (página 18)

 O livro conta a história intercalando os anos de 2003 (quando conheceu Lee) e 2007 (já vivendo com os traumas que ele lhe causou), indo e voltando a todo momento ao passado e presente de Cathy.
 Quando um novo morador chega a seu prédio as coisas começam a mudar na vida de Cathy. Talvez, pela primeira vez depois de tudo o que aconteceu, ela tenha voltado a confiar em alguém.
 Tudo parece começar a se ajeitar lentamente na vida de Cathy, quando ela percebe que, depois de quatro anos, chegou o dia de Lee ser solto, e todo o terror do qual tanto fugiu durante todo esse tempo poderá bater a sua porta a qualquer momento.

"O tempo todo, noite e dia, meu cérebro gera imagens de coisas que aconteceram comigo e coisas que podem acontecer. É como assistir a um filme de terror repetidas vezes, sem nunca se tornar imune ao medo." (página 28)

 Até agora não sei se o livro é ruim ou se eu que não gostei tanto da história, por gostar mais de livros de amor. 
 Quando encontrei este livro em uma das prateleiras da Livraria Cultura e li sua sinopse, achei a história bastante interessante. Mas achei a leitura tão massante, tão arrastada... Não foi uma leitura nem um pouco prazerosa. Apesar da história sem beeem densa, queria lê-la com vontade, e não foi o que aconteceu. Enfim, em poucas palavras, achei o livro chato.


2 comentários:

  1. Oiee..
    Nossa pensei que a resenha ia ser positiva, ai você coloca que achou o livro chato HAHAHAHAH
    Fiquei com vontade de ler, mas depois do chato, essa vontade está bem menor... pode ser que eu o leia, mas depois de ler todos os outros da minha lista...

    Beijos da Di
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    1. Edlaine, mas o fato de eu ter achado chato não quer dizer que você também vá achar. ;) Eu achei a ideia do livro interessante, mas não gostei do modo como ela foi contada.

      Beeeijos!

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