[Resenha]: A menina que colecionava borboletas

Editora: Gutenberg

Ano de Lançamento: 2014

Número de páginas: 158

Edição: 2ª

 É sempre assim. Eu entro numa livraria com a mão coçando e não consigo sair de mãos vazias. Tanto é assim no Rio, que não poderia ser diferente em Salvador. 

 Na minha rápida passagem à capital baiana, fui à Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi e saí de lá com dois livros dentro daquela tão convidativa sacolinha amarela. Como eu disse no início deste texto: é sempre assim. 

 Os escolhidos da vez foram: Um sorriso ou dois, do Fred Elboni (próxima resenha!), e A menina que colecionava borboletas, da Bruna Vieira. 

 Decidi iniciar minha leitura por este último e na mesma noite já estava jogada na cama do quarto da pousada, e enquanto os apresentadores do Fantástico falavam na TV eu estava imersa naqueles sentimentos traduzidos em páginas amarelas.

"Acreditar nos sonhos de alguém é uma das formas mais bonitas de demonstrar carinho e amor." (página 69)

 A menina que colecionava borboletas é o terceiro livro da blogueira Bruna Vieira, e o segundo de crônicas. Ao contrário do Depois dos Quinze - Quando tudo começou a mudar, onde a menina de 15 anos ainda estava latente, tanto na escrita quanto nas experiências descritas, nesse novo livro a Bruna demonstra ter amadurecido em ambos aspectos. Os temas abordados não se restringem mais a amor (ou desamor). Aos 20 anos, Bruna fala sobre situações cotidianas, sua adaptação na cidade de São Paulo, a adaptação à chegada vida adulta, questiona o atual padrão de beleza estabelecido pela mídia, mas sem deixar de lado, é claro, as dramaticidades quando o assunto em pauta é: o cara errado (ou o cara certo na hora errada!). Em textos como É que eu te vi no metrô, O escudo invisível, Corpão e De madrugada, Bruna deixa a essência da menina comum do interior, com pinceladas da mulher paulistana dona de um dos blogs mais influentes do mundo.

 Meus textos favoritos, além dos já citados no parágrafo anterior, foram: "Até", "O que é o amor, afinal?", "Tudo o que eu tenho" e "O que trás felicidade?".  

 O único aspecto que ainda marco como negativo em seus textos é a repetição de ideias, ou de pequenas frases, que as vezes acabam tornando dois textos mega parecidos e repetitivos. Mas no todo gostei bastante do livro! Sem esquecer, é claro, da capa incrível feita pela Malena Flores (sou apaixonada pelo trabalho dela!), além das ilustrações que compõem o livro, feita pela mesma. E como já é de praxe, as últimas páginas do livro trazem uma playlist  fofa para ser ouvida enquanto lemos o livro! ;)

"Todo mundo sente. Então, todo mundo é meio escritor. É uma questão de coragem." (página 86)