"O que eu quero fazer para o resto da vida?", me perguntei aos treze ou catorze anos. "Nada. Não quero passar a vida inteira fazendo uma coisa só! Deus que me livre!", respondi segundos depois. "Oh... espera! Existe sim algo que eu me imagino fazendo para sempre! Existe." E foi assim que eu percebi o que eu vim fazer aqui.
Eu quero escrever.
Não sei porquê, mas sempre confiei mais nas palavras, tanto para ouvir conselhos, quanto para contar segredos. Bom, elas nunca me passaram para trás. Acho que esse é um bom motivo para não passá-las também.
Quero viver de algo que, quando eu acorde de manhã, não me faça querer ficar na cama desejando que aquele dia não tivesse nascido. Quero algo que, todos os dias, me dê prazer em viver. Me faça feliz.
Sei lá, já passou do meio dia, estou sentada no metrô a caminho de casa, e o que eu mais quero fazer agora é abrir meu caderno, arrancar a tampa da caneta e escrever.
Escrever... é, é isso. Sempre foi.
Esta é minha paixão. Minha vida. Minha arte.
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