A pequena
lagarta, na penumbra do seu recanto particular, descansa e aguarda
pacientemente o seu tempo chegar.
Fazem dias,
meses ou quem sabe até mesmo anos que ela espera pelo grande momento: O seu voo
para a liberdade!
Mas ali, sozinha,
sem conhecer o mundo que a espera, ela apenas sonha, imaginando o quão linda
deve ser a vida lá fora...
A cada dia que
se passa sente que o grande dia se aproxima, e quase não consegue se conter de
tanta felicidade!
Seu casulo,
agora, lhe parece tão pequeno… Não há mais tanto espaço como antes.
Ela se aperta ,
se aperta e parece não caber mais ali. Ele, definitivamente, parece não ter
sido feito para ela.
Numa atitude desesperada e eufórica, ela começa a forçar as paredes. Quem sabe
assim possa rompê-las e voar rumo à sua tão sonhada liberdade…
De súbito o medo
toma conta de si e a pequena lagarta recua. Temerosa ela pensa:
“E se eu não conseguir voar? E se eu não souber lidar com o mundo que me espera lá fora ? E se eu não sobreviver ? E se… E se… E se… […] ”
“E se eu não conseguir voar? E se eu não souber lidar com o mundo que me espera lá fora ? E se eu não sobreviver ? E se… E se… E se… […] ”
E se põe a chorar.
Mais dias e meses se passam, e a pequena lagartinha continua ali,
quietinha, sossegada, num sono bem profundo.
De repente ela
ouve alguns ruídos. Parece que algo está se rompendo. Uma fresta de luz começa
a iluminar o interior do casulo. Ela compreende, então, que o tão esperado momento chegou.
Ela corre em
direção à luz e percebe que já não é mais uma lagarta. Agora, possui asas
fortes e belas.
Se tornou uma
linda borboleta!
Batendo as asas
rumo ao desconhecido, no caminho de seus sonhos, segue a borboleta em
liberdade. O casulo já se foi, um novo tempo começou!
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